Eu nunca fui um integrante do consumismo desenfreado. Porém, confesso que já cometi alguns excessos. Teve uma época em que eu tive 7 pares de All Star ao mesmo tempo. Sei, nem era um grande luxo. Porém, hoje eu olho para trás e pergunto: cara, por quê?
Tudo bem que o valor somado dos 7 pares de tênis talvez não fosse suficiente para fazer uma viagem internacional. No entanto, eu morava em Florianópolis e nunca fiz a rota dos canyons, no Sul de Santa Catarina. A desculpa, claro, era a falta de dinheiro.
Hoje eu digo: seja minimalista e tenha somente o necessário! Mas, veja bem, quando falo em ser minimalista, não digo em andar mal vestido (e isso é conceitual) ou usar o mesmo sapato a semana toda. Falo em comprar somente o que você vai realmente usar, nem que isso seja um pouco mais caro.
Faça uma pequena reflexão comigo: quantas das calças jeans no armário você usou nas últimas 2 semanas? Quantas delas você usaria para trabalhar ou para um encontro? Será que ter comprado todas foi realmente necessário? E o mesmo ocorre com sapatos, camisas, celulares.
Por falar em celular, eu dificilmente (eu!) gastaria R$ 7 mil num aparelho e deixaria de passar uma semana na Patagônia. Aliás, possivelmente você terá que se esforçar muito para gastar esse valor se for para lá.
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Sei que isso pode soar um pouco moralista, mas, por favor, não veja por esse lado. Há quem fique feliz em comprar roupas ou eletrônicos. Eu jamais julgaria alguém por isso. Mas, falo do que me preenche: viajar, conhecer novos lugares e passar por experiências diferentes.
Por isso, eu passei a me policiar mais no meu dia a dia. Sempre que estou a ponto de comprar algo, seja de maneira física, seja pela internet, eu penso e logo me pergunto: ok, o produto realmente parece bom e me agrada! Mas… o quanto efetivamente seria útil na minha vida? Com que frequência eu o usaria?
Se vejo que realmente há sentido em comprá-lo, o faço. Se tenho dúvidas, espero e reflito um pouco mais. Se não há motivos, viro as costas e vou embora sem remorsos.
É assim simples? Bem, confesso que tive que trabalhar muito o desapego. Por isso, a decisão já não é algo tão difícil para mim. Mas, veja, não há fórmulas matemáticas. É preciso pensar no que realmente te faria feliz no momento, ou quanto um consumo desnecessário afetaria um plano futuro de viajar, por exemplo.
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Sugestão: veja o documentário “Minimalismo”, da Netflix
Acho que a minha veia minimalista (que ainda precisa ser desenvolvida muito) foi tocada mais ao assistir o documentário “Minimalism: a documentary about the important things” (Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes), da Netflix.
O documentário te fazer refletir sobre as coisas que realmente são importantes em nosso dia a dia. Também toca outros em pontos interessantes: sobre como o consumismo afeta as nossas vidas, ou como vivemos para pagar dívidas e deixamos de lado o orçamento para viver.
O legal do documentário é que ele mostra que podemos viver bem com menos posses, que isso, inclusive, nos dá mais liberdade (principalmente financeira). Quantas vezes tivemos a vontade de viajar, por exemplo, e freamos o ímpeto por causa de contas a pagar? Eu? Algumas.
Então, o lance não é deixar de comprar coisas que nos agradam, mas, sim fazer uma reflexão antes sobre a importância e o sentido daquilo. Para mim, hoje o exercício de ser minimalista significa economizar para coisas que me preenchem mais. E isso me preenche mais!
Ser minimalista é comprar o que realmente tem valor, e não o que tem somente preço.
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