Uma vez, logo após ter chegado a Dublin para fazer um intercâmbio, conheci um cara que tinha viajado por todo o Leste Europeu em apenas 30 dias. Dizia algo como, “conheci uma porrada de lugares e ainda gastei pouco!”.
Bem, isso ocorreu já faz 6 anos, mas a cena nunca saiu da minha cabeça. Eu ainda era bem cru no lance viajar, mas lembro que uma pergunta me veio à mente: como é possível conhecer tudo isso em tão pouco tempo? Mas a mantive para mim.
Lembro também que fiz bem a distinção entre 2 palavras: visitar e conhecer. É possível visitar 15 países em 30 dias? Sim, talvez até mais. E conhecer, há como? Não. Pelo menos isso é o que penso.
Claro que há lugares nos quais 2 ou 3 dias são suficientes para conhecer os principais pontos turísticos. Agora, isso é impossível em cidades como Paris, Barcelona ou Londres. A única coisa que você estará fazendo será agregar um país para a sua lista. É isso realmente o que você quer?
Para mim, conhecer significa mais. Significa tirar tempo até mesmo para as miudezas, como tomar um café tranquilamente em frente à Torre Eiffel ou se perder pelo centro histórico de Varsóvia, por exemplo.
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Por isso, acredito que faço questão de manter aquela cena na cabeça. Ela me faz refletir quando aponto para o mapa e decido o tempo que gostaria de ficar. Gosto de pesquisar antes e estimar quantos dias eu realmente preciso para conhecer o local, nem que seja um pouco. Busco saber como é a cultura do lugar, o que se come, como devo me portar.
Não quero me sentir na obrigação de visitar um número X de monumentos, como se aquilo fosse uma tarefa de trabalho, um troféu a ser conquistado. Não quero me sentir livre ao fim do dia, quero chegar ao fim dele satisfeito.
Se pergunte o motivo da sua viagem
Quer dizer que visitar os pontos turísticos de maneira apressada não é fazer turismo? Eu jamais afirmaria isso! Se essa é a sua maneira, vá em frente! Falo de coração.
Porém, eu gosto sempre de me perguntar o motivo pelo qual viajo. Quer um exemplo?
Tenho um desejo antigo de visitar o Vietnã, mas não apenas para tirar fotos dos monumentos locais. Quero experienciar o país, quero entender como é o sentimento que restou depois da guerra, quero compreender como a simplicidade cotidiana os faz felizes.
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Por isso, se posso dar uma dica, eu diria: visite menos e conheça mais. Volte para casa com a sensação de que deu para aproveitar bem o passeio, de que deu para fazer tudo o que realmente foi possível.
Não volte contando quantas selfies você tirou ou quantos carimbos conseguiu no passaporte. Volte com a sensação de que valeu a pena!
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