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DESCUBRA O PRAZER DE VIAJAR SOZINHO

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    Quando morei em Florianópolis, conheci um cara que havia passado um tempo na Ásia viajando. A foto de perfil dele, inclusive, era com um daqueles chapéus de palha triangulares que se vê nos filmes do Rambo no Vietnã.

    Aquilo de viajar sozinho parecia algo muito distante para mim por diversos motivos: por não dominar o inglês na época, por acreditar que não tinha grana suficiente e também por medo. Sim, pensar em viajar sozinho me trazia receios.

    É até um pouco estranho, pois sempre fui um cara bastante independente. Saí de casa cedo, fiz faculdade por conta própria e morei em diversas cidades do Brasil por causa do trabalho. Eu me virava bem sozinho. Porém, faltava uma aventura. E ela veio.

    Quando eu decidi viajar sozinho

    Um tempo depois, já morando em Porto Alegre, eu, finalmente, realizei o sonho de viajar sozinho. E foi algo grande na época, pelo menos para mim: passei semanas percorrendo a Patagônia.

    Eu tinha viajado antes por alguns países vizinhos, como Argentina, Uruguai e Paraguai. No entanto, sempre com amigos.

    Mas aí, no fim de 2013, ocorreram 2 fatos que acabaram me motivando: o fim de uma relação e, logo, a saída do trabalho. Já levava 7 anos trabalhando com assessoria de comunicação na área política. Precisava de um break.

    Passei as festas de fim de ano com a família em Chapecó, e voltei a Porto Alegre no dia 2 de janeiro. O tédio era o que definia os meus dias. O calor que beirava os 40°C e a cidade estava praticamente vazia. Grande parte do povo da capital gaúcha corre para as praias em janeiro.

    viajar sozinho
    No início de 2013 eu tomei coragem e decidi viajar sozinho. Foi então que o mundo se abriu. Ushuaia, Argentina

    Aí decidi que deveria urgentemente ir para algum lugar para não morrer de tédio. Como eu falava espanhol, pensei no Chile e na Argentina. Mas aí, além disso, eu queria um lugar onde o calor não me sufocasse.

    Não sei como, juro, decidi ir para a Patagônia. Havia ouvido falar de Ushuaia, no entanto, nunca tinha pensando em ir. E fui. Decidi viajar sozinho e fui.




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    Quando a Patagônia me abriu o mundo

    Peguei um voo de Porto Alegre a Buenos Aires. Depois outro da capital da Argentina a Río Gallegos. Então um ônibus de 12 horas entre Río Gallegos e Ushuaia, passando pelo Canal de Magalhães. Cheguei exausto.

    Desembarquei em Ushuaia com um pouco de medo, mas emocionado. Eu havia, finalmente, realizado o sonho de viajar sozinho. Lá fiquei uma semana e conheci alguns dos lugares mais lindos da Terra. Juro!

    De lá segui para Puerto Natales e Punta Arenas no Chile. Em seguida, fui a El Calafate e El Chaltén, na Argentina.

    Subi montanhas, rolei na neve, vi pinguins, leões marinhos e gente de várias partes do mundo. Fiz trilhas de 10 horas por montanhas e me banhei em lagos de água congelante.

    Depois de horas caminhando e tentando me comunicar com um paquistanês que encontrei na trilha, me dei conta que precisa também melhorar o inglês. E muito.


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    Viajar sozinho me motivou a morar fora do Brasil

    Viajar sozinho me fez refletir muito. Me fez ver que eu realmente podia tentar voos maiores. É um exemplo de quando a solidão faz bem.

    Voltei a Porto Alegre e um tempo depois estava embarcando para a Irlanda para aprender, de vez, o inglês que me fez falta na Patagônia. Depois ainda passei uma temporada na Espanha.

    Não tenha medo de viajar sozinho

    Ok, sei que enrolei bastante, mas o que quero dizer é: não tenha medo de viajar sozinho. Aquele medo que nos freia no início desaparece, e o que vem é um baita sentimento bom, o qual envolve autoestima e autoconfiança.

    Além disso, se ainda há medo, saiba de uma coisa: viajar sozinho não significa estar sozinho. Você encontrará muita gente bacana na estrada, pessoas que, de algum modo, passarão a fazer parte da sua vida.

    Também é preciso se dar conta de que o mundo hoje é outro. Estamos conectados o tempo todo e há aplicativos para quase tudo. Então, se algo sair do planejado, você sempre terá a quem recorrer.

    Viajar sozinho quer dizer excluir pessoas próximas?

    Não, de jeito algum. Só acho que viajar sozinho é uma experiência que deve ser vivida pelo menos uma vez.

    Porém, entendo que há quem não goste de viajar sozinho, que não se sinta confortável. E não há nada de errado nisso. O importante mesmo é viajar e abrir o pensamento!

    Mas digo uma coisa: se você tem vontade de ir para algum lugar, não espere pelos outros. Arrume a mala e vá. Lembre-se que o destino desejado por você pode não ser o mesmo sonhado pela outra pessoa.

    Além disso, ainda há a dificuldade de casar as agendas. Normalmente, quando um pode, o outro não. E, me assim a vida passa e o sonho de viajar sozinho fica para trás.



    Hoje eu prefiro viajar sozinho

    Viajei com amigos e me diverti muito. Viajei com amigos e me estressei um tanto. É normal, sei. É preciso levar em conta que o seu melhor amigo pode não ser, necessariamente, a melhor companhia para dividir a estrada. E não há nada errado nisso.

    Mas hoje em dia se me perguntarem o que eu prefiro, logo respondo: prefiro viajar sozinho. Isso é regra? Claro que não.

    Entretanto, hoje eu vejo algo a mais na estrada. Gosto de conhecer novas pessoas, de mudar o roteiro em cima da hora, de ficar sentado sem pressa em frente a um lago. Viajar se tornou algo muito maior do que visitar pontos turísticos.

    Sei, você pode pensar que isso seja egoísmo da minha parte, mas não é. Juro. Claro que gosto de contar com alguém para compartilhar conversas enquanto vejo um pôr do sol de tirar o fôlego, para sair à noite e tomar umas cervejas por aí.

    Mas, entenda, é preciso ser alguém que tenha gostos semelhantes aos seus, que esteja disposto a fazer o mesmo tipo de turismo e dormir no mesmo tipo de acomodação. Do contrário, haverá mais incômodos do que prazer. Então, se for assim, de que vale a pena viajar?

    Não precisa viajar sozinho para Marte

    Olha, quando falo em viajar sozinho, principalmente a primeira vez, não me refiro a pegar a mala e ir para o sudeste asiático (apesar de eu super apoiar!).

    Falo em pegar umas peças de roupa, jogá-las na mochila e ir para algum lugar perto. Nem que seja para somente experimentar o sentimento de viajar sozinho pela primeira vez. Pode ser um bom termômetro.

    Escolha o destino, cheque o que há para fazer, leve um livro e vá! Curta tudo sem pressa, sem um roteiro que te prenda, sem horários para ir para a cama. É bacana, me acredite.

    É quando você passa a entender que viajar é algo a mais do que apenas carimbar o passaporte, do que contar cidades ou do que compartilhar nas redes sociais. Viajar é algo que toca o espírito.


    Gostou da crônica sobre o prazer de viajar sozinho? Já viveu essa experiência ou ainda tem algum receio? Então compartilhe a sua história nos comentários.

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    1 comment
    1. Que máximo essa partilha! Me inspirou muito. É uma experiência libertadora e a Patagônia faz coisas incríveis com a gente.

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