Viajar e voluntariar

COMO VIAJAR E VOLUNTARIAR?

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    ENTENDA COMO VIAJAR E FAZER TRABALHO VOLUNTÁRIO

    Já passou pela sua cabeça a ideia de viajar e voluntariar? Em dedicar algumas horas de trabalho em troca de hospedagem e alimentação?

    Pois saiba que você não é o único. A ideia de viajar e voluntariar tem ganhado cada vez mais adeptos nos últimos tempos, assim como eu. Desde os tempos em que saí do Brasil para estudar fora, sempre levei comigo a vontade de tirar um ano sabático para viajar o mundo.

    A decisão de viajar e voluntariar

    Mas, claro, a menos que você tenha uma boa grana guardada, a ideia de sair viajando o mundo não é fácil. Você pode até economizar ao máximo, mas vai sempre gastar, pelo menos, como hospedagem, alimentação e traslados.

    Foi aí que comecei a pesquisar mais a fundo sobre como viajar e voluntariar para, assim, poder viajar ainda mais. Ou seja, poder prolongar o número de dias e de países.

    Depois de 6 anos fora, voltei ao Brasil em dezembro de 2019 sem saber ao certo que fazer da vida. Confesso que a sensação de estar de volta era boa, mas eu estava muito insatisfeito com os rumos conservadores que algumas pessoas (próximas também) estavam tomando.

    Ainda mais depois de viver de perto as liberdades individuais que a maioria dos países da Europa oferece.


    Viajar e economizar para viajar mais

    Mas, veja bem, começar totalmente do zero é complicado. Para sair “mochilando” por aí, é preciso ter, pelo menos, um dinheiro guardado. Felizmente, eu ainda tinha a grana do carro que havia vendido em 2012. Então, pensei: “quer saber, vou realizar o sonho de viajar sem pressa e conhecer o máximo que puder”.

    No entanto, como você deve imaginar, a grana da venda de um carro popular não é suficiente para bancar uma viagem longa, mesmo que ela seja barata. Eu precisava encontrar alternativas econômicas para viajar mais. O que encontrei? A possibilidade de viajar e voluntariar.

    Por que viajar e voluntariar te permite economizar? Porque você evita o pagamento de hospedagem pelo tempo em que estiver voluntariando. Além disso, normalmente, ainda ganha refeições também (o número depende muito do local que está oferecendo a vaga).

    Como você deve imaginar, a parte da hospedagem é, talvez, a que mais pesa durante uma viagem. Vamos até dizer que você tente não pagar mais do que R$ 20,00 por noite em um hostel (o que nem sempre é possível). Mesmo assim, se fizer as contas, gastará pelo menos R$ 600,00 em um mês somente com hospedagem.

     

    Visualizar esta foto no Instagram.

     

    Literally, “La Paz”.

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    Viajar e voluntariar? Minhas primeiras experiências

    Viajar e voluntariar não é bacana e fácil. Tive a minha primeira experiência em La Paz, onde voluntariei por 2 semanas na recepção de um hostel. Trabalhava 25 por semana em troca de café da manhã e hospedagem. Também tinha liberdade total para cozinhar a hora que eu quisesse. Minha escala era de 5 horas ao dia, 5 dias por semana.

    Já a segunda experiência de viajar e voluntariar foi em Cusco, na Peru. Igualmente trabalhei num hostel, porém, dessa vez, no bar. Foi bacana? Demais! Além de ser algo divertido, aprendi a preparar diversos drinks, como pisco sour, mojito, chilcano, entre outros.

    Em Cusco, minha escala de trabalho era de 6 horas ao dia, e 4 dias por semana. Ou seja, eu tinha bastante tempo livre para conhecer os pontos turísticos da região, entre eles, Machu Picchu. Além disso, o hostel me oferecia 2 refeições ao dia: café da manhã e almoço (ou janta).


    Ok, mas, como começar a viajar e voluntariar?

    Assim que comecei a postar algumas fotos e stories no meu Instagram sobre viajar e voluntariar, algumas pessoas passaram a me enviar mensagens privadas para tirar dúvidas.

    Aí, percebi que a ideia de viajar e voluntariar também estava no horizonte de muita gente próxima a mim. O que fazer, então? Compartilhar informações e tirar dúvidas. Fiz uma daquelas “enquetes” do Instagram sobre o tema e, abaixo, publico algumas das perguntas que recebi. Dá uma olhada!

    1 Dá pra tomar de graça no bar?

    Ok, essa é engraçada, mas tem sentido! Como mencionei acima, voluntariei no bar de um hostel em Cusco. Ocorre que, além de hospedagem e alimentação, o local também nos dava “2 free drinks” em cada dia trabalhado. Sim, podíamos beber enquanto trabalhávamos. No entanto, como nos diziam, precisávamos saber “nossos limites” (risos).

    Viajar e voluntariar
    Em Cusco, era permitido beber enquanto trabalhávamos. Com moderação, é claro! 🙂

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    2 Como iniciar o lance de viajar e voluntariar?

    Há outras plataformas que oferecem a oportunidade de viajar e trabalhar. Porém, de longe, o Worldpackers é o meu site favorito. Lá, você encontra ofertas de países do mundo todo e pode entrar em contato direto com o pessoal que está buscando por voluntários.

    Como iniciar? Bem, você precisa se cadastrar no site e criar o seu perfil. Depois, pode escolher pelo plano gratuito ou pago. Qual escolher?

    Depende. Se você ainda está se ambientando com a ideia e quer conhecer um pouco mais como funciona o lance de viajar e voluntariar, eu sugiro que comece com a versão grátis, como eu fiz no início.

    No entanto, caso esteja decidido e com um roteiro pronto, eu sugiro que opte pela versão paga. Foi o que fiz quando já tinha todos os planos do mochilão traçados. Na época (janeiro de 2019), paguei ao redor de 40 Dólares pela assinatura anual. Vale a pena? Olha, eu realmente creio que sim. Se eu levar em consideração tudo o que ganhei em retorno, estou no lucro.

    Observação: na versão paga, você pode visualizar as vagas, no entanto, não pode entrar em contato com quem as está oferecendo. Isso somente é possível na versão paga.



    3 Que tipo de trabalho preciso fazer?

    Como eu disse nos stories do Instagram, tem de tudo! Há vagas para voluntariar em hostels (limpeza, cozinha, recepção e bar), em hotéis e em comunidades rurais (manutenção, plantação, plantas medicinais, cuidando de animais). Também se pode trabalhar na parte de produção de conteúdo para redes sociais, como designer, com fotografia e desenvolvendo sites, por exemplo.

    E não para por aí. O site também mostra pessoas que estão buscando voluntários para ajudar em instituições de caridade, para cuidar de crianças, dar aulas de idiomas… ou seja, há uma infinidade de ofertas.

    4 Quantas horas por semana tenho que dedicar?

    Quando você clicar para verificar as ofertas de trabalho voluntário, verá a quantidade de horas que se pedem e o que se oferece em retorno. Igualmente, há de tudo. Porém, o mais normal é que se trabalhem ao redor de 25 horas em câmbio de hospedagem e de café da manhã.

    Entretanto, há locais que pedem mais de 30 horas por semana (até 36 eu já vi) e oferecem somente 1 dia livre por semana, assim como somente 1 refeição. Minha dica? Não se submeta a ofertas assim. Você deixará de lado um dos focos principais, que é viajar, e praticamente não terá tempo para desfrutar a cidade. Para mim, isso já se caracteriza como abuso.

     

    Visualizar esta foto no Instagram.

     

    ➡️ A lagoa #Humantay está localizada na cordilheira de #Vilcabamba, nos arredores de #Cusco. 4.200 metros acima do nível do mar, a lagoa virou um dos atrativos da região. A beleza do local explica bem. Para chegar lá, é preciso pegar um transporte, o qual te deixará aos pés da montanha. De lá, se faz uma caminhada de 2 horas aproximadamente, partindo de uma altitude de 3.900 metros. Não se trata de algo difícil, mas um pouco cansativo. No entanto, as lindas vistas compensam (e muito) qualquer tipo de esforço! 😊♥️ #Peru #dicadeviagem #Salkantay #BlogVidaNaMala ——————————————– 👊🏻 www.vidanamala.com.br

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    5 Tenho que falar outro idioma?

    Depende do país para onde você estiver viajando e o tipo de trabalho voluntário que vai desempenhar. Caso você tenha contato direto com o público (recepção e bar, por exemplo), o inglês é muito importante. Se trata do idioma universal. É difícil escapar disso.

    Porém, se você for trabalhar com cozinha, café da manhã e limpeza, talvez um segundo idioma não faça tanta falta (ainda mais se você voluntariar dentro do Brasil). Mas, como escrevi acima, saber, pelo menos, um pouco de inglês, ajuda. O mesmo ocorre com o espanhol.

    6 Quanto tempo é o recomendável?

    Dificilmente você encontrará uma oferta que peça menos de 2 semanas de voluntariado, o que é compreensível. Alguns locais pedem pelo menos 1 mês. Quanto eu recomendo? Bem, depende da sua disponibilidade e da cidade para onde está viajando.

    Por exemplo: fiquei 2 semanas em La Paz e achei que foi suficiente. Pude conhecer tudo o que queria. Já em Cusco, fiquei por 4 semanas e, igualmente, visitei todos os pontos turísticos que tinha em mente (são muitos). Ainda sobrou tempo para escrever.


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    7 Quais as vantagens de viajar e voluntariar?

    Além das vantagens que citei acima (economizar para viajar mais), o trabalho voluntário te permite conhecer muita gente bacana pelo caminho. Alguns acabam se tornando melhores amigos. Falo sério.

    O pessoal que está viajando o mundo tem muita coisa em comum, muitos pensamentos semelhantes sobre o que é importante na vida. Desse modo, é normal que você se depare com gente parecida, que se identifica bastante contigo.

    Resumindo, também faz ótimos amigos pelo caminho, conhece gente para sair, companhias para seguir viajando, fica sabendo de dicas exclusivas e se diverte bastante. Aliás, confesso se dizer “tchau” às pessoas na hora de partir é difícil. Você não saber que algum dia as verá outra vez.

    Viajar e voluntariar
    Uma das melhores partes de viajar e voluntariar é os amigos que se fazem pelo caminho

    8 Trabalho voluntário pode ser considerado parte da diversão nas viagens?

    Sim, com certeza. Porém, isso não quer dizer que não seja necessário se dedicar ao trabalho. Você está ali por uma razão e tem que dar algo em retorno, assim como tem que cobrar o que lhe foi oferecido.

    Mas, sim, sempre sobra tempo para a diversão. Algumas vezes, até mesmo durante o expediente (como no bar do hostel em Cusco). Além disso, como você se aproxima muito dos outros voluntários (e também de alguns hóspedes), sempre encontra companhia para sair, nem que seja para comer algo barato na rua.



    9 Vale a pena viajar e voluntariar?

    A resposta é “sim”, vale muito a pena viajar e voluntariar. No entanto, fique atento ao tipo de vaga para a qual você se cadastra. Do mesmo modo, também li muita coisa sobre experiências ruins. Sendo assim, minhas dicas são:

    • Cheque o número de horas solicitadas;
    • Verifique o tipo de trabalho oferecido;
    • Veja o que se oferece em retorno;
    • Leia sobre a reputação do local;
    • Se precisar, entre em contato com pessoas que já voluntariam no local antes;
    • Não se cadastre para vagas que peçam mais do que 30 horas (a menos que os benefícios sejam muito bons);
    • Tenha certeza de que sobrará tempo para aproveitar a viagem;

    Última dica, porém, não menos importante

    Reflita antes se você realmente se identifica com a vaga oferecida. Por exemplo:

    • Não se inscreva para trabalhar no meio rural se isso não tem nada a ver contigo.
    • Não aplique para trabalhar em um bar se isso não faz parte do seu perfil.
    • Ou seja, tenha certeza de que você realmente pode oferecer o que se pede em retorno.

    Viajar e voluntariar: resumo

    Para resumir, eu acredito que viajar e voluntariar é uma ótima maneira de economizar, viajar mais e conhecer muita, muita gente bacana. Caso você tenha tempo, experimente a experiência. Dificilmente se arrependerá.

    Em contrapartida, verifique bem o que se oferece em retorno pelo seu trabalho. Não saia loucamente por aí aplicando a qualquer coisa que aparecer. Do mesmo modo, se certifique de que o seu perfil se enquadra dentro do que se pede.

    Voluntariar é uma experiência muito bacana, a qual ajuda a abrir a mente e oferece momentos bonitos. Ou seja, aproveite cada segundo!


    E aí, gostou das dicas de como viajar e voluntariar? Você já teve a experiência e gostaria de contribuir com mais informações? Ainda tem dúvidas? Então deixe o seu comentário abaixo! 😉

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    2 comments
    1. Bah, se eu soubesse disso antes de me apaixonar e casar e comprar casa e virar funcionária pública… Será que dá pra fazer de casal com meu neguin?! Saudades guri! Tais vivendo a vida que eu sonhei, aproveita!

      1. Ei, babe! Sim, é possível! Inclusive, no hostel onde eu estava havia um casal de franceses. Eles voluntariaram juntos em vários locais! 🙂

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